Estudos


Dízimos e Ofertas - Parte IV

Ofertar é dar

 
Na Bíblia o seu conceito está ligado a idéia de sacrifício. É dar algo que nos custe, que é valioso para nós. 
“Então disse Araúna a Davi: Tome, e ofereça o rei meu senhor o que bem parecer aos seus olhos; eis aí bois para o holocausto, e os trilhos, e o aparelho dos bois para a lenha. Tudo isto deu Araúna ao rei; disse mais Araúna ao rei: O SENHOR teu Deus tome prazer em ti. Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata" - II Sm 24.22-24 
Não devemos ofertar ao senhor algo que não custe nada para nós
Ex.: os reis magos 
Na bíblia encontramos vários tipos de ofertas:
·         Queimada
·         Pelo pecado
·        Pacífica
·         Movida
·         De libação
·        De ação de graças
·         De incenso
·         Dos primeiros
·        frutos
·         Pelo ciúme
·        Para Redenção 
Ex.: Lv 6.24-30 
Estas ofertas ou sacrifícios eram requeridas com muitas exigências e sempre visavam a obtenção de uma dádiva perdoadora. Não era qualquer tipo de oferta. Nem todos podiam ofertar. Só o sumo sacerdote ofertava e através dele o perdão era concedido ao povo. Todas as bençãos, redenção, perdão de pecados, nós já possuímos em Cristo.
Por isso todos estes tipos de ofertas e sacrifícios foram abolidos pela obra de Jesus na cruz. Todo ritual religioso judaico foi abolido por Jesus. Havia porém dois tipos de ofertas entre o povo de Deus que não estavam associadas a obtenção de alguma benção, ou perdão de pecados, nem a um ritual religioso, mas sim ao princípio de dar, de contribuir. Por isso não foram abolidas e são referenciadas no Novo testamento, praticadas pelos discípulos da Igreja primitiva e usadas até hoje. 
Ofertas voluntárias
Oferta voluntária é a que oferecemos ao Senhor (ou ao necessitado, como ao Senhor), espontaneamente, por livre vontade. 
 “Depois celebrarás a festa das semanas ao SENHOR teu Deus; o que deres será oferta voluntária da tua mão, segundo o SENHOR teu Deus te houver abençoado" - Dt 16.10 
 “E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao SENHOR para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas. Assim vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, todos os objetos de ouro; e todo o homem fazia oferta de ouro ao SENHOR" - Ex 35.21-22 
“Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos de Israel, e os capitães de mil e de cem, até os chefes da obra do rei, voluntariamente contribuíram. E deram para o serviço da casa de Deus cinco mil talentos de ouro, e dez mil dracmas, e dez mil talentos de prata, e dezoito mil talentos de cobre, e cem mil talentos de ferro. E os que possuíam pedras preciosas, deram-nas para o tesouro da casa do SENHOR, a cargo de Jeiel o gersonita” - I Cr 29.6-8 
“Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos, e louvamos o nome da tua glória.  Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos. Porque somos estrangeiros diante de ti, e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e sem ti não há esperança. SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância, que preparamos, para te edificar uma casa ao teu santo nome, vem da tua mão, e é toda tua. E bem sei eu, Deus meu, que tu provas os corações, e que da sinceridade te agradas; eu também na sinceridade de meu coração voluntariamente dei todas estas coisas; e agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui, voluntariamente te deu" - I Cr 29.13-17 
Ofertas alçadas
Oferta alçada é a levantada com uma finalidade específica. No VT foram usadas principalmente para a construção do templo ( I Cr 29 ). No NT era usada principalmente para suprir as necessidades dos discípulos. 
“ORA, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar" - I Co 16.1-2 
“Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica" - Fp 4.16
 
               O que distingue a oferta voluntária da oferta alçada é que a alçada tem uma finalidade específica, a voluntária não. Mas segundo a palavra de Deus, toda oferta deve ser voluntária, ou seja espontânea, até mesmo as ofertas alçadas. Elas devem ser dadas de coração. Ninguém pode ser forçado a contribuir. A oferta é obra de Deus no coração do homem.
  

Dízimos e Ofertas - Parte III

Lei versus Graça

 Algumas pessoas dizem:
"Esta coisa de dízimo vem da lei, e como estou livre da lei não preciso dar". Este é um grande engano, pois a lei estabelece o dízimo e o coloca como uma ordenança (embora ninguém deva dar o dízimo por obrigação), mas o dízimo existe muito antes da lei. 
O conceito de dízimo não vem da lei
Vimos que o princípio do dízimo já estava no Éden (fidelidade). Vemos também que 700 anos antes da lei, Abraão deu o dízimo de todos os seus bens a Melquizedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20).
Melquizedeque era rei, não precisava ser sustentado por Abraão. Abraão deu o dízimo num sinal de reconhecimento da soberania e autoridade de Melquizedeque (reverência). Nem era uma exigência de Deus. Ele deu espontaneamente. Mais tarde seu neto Jacó seguiu seu exemplo e deu o dízimo quando teve a revelação da casa de Deus (Gn 28.22).
A lei regulamenta o dízimo, mas o princípio do dízimo é muito mais profundo, e não depende da lei. A graça sempre excede a lei, vai além. A velha aliança era baseada na lei de Moisés, mas a nova aliança é baseada na graça. 

Velha Aliança

Nova Aliança

Deus precisou fazer uma marca na carne para mostrar a aliança (circuncisão) (Gn 17.10-11)

Deus faz uma marca no coração, no nosso espírito (Fp 3.3 / Ef 2.11-15)

Deus deu a lei escrita em tábuas de pedra (Ex 31.18)

Deus Grava sua lei em nossos corações (Hb 10.16)

Deus estabelece um percentual da renda de todo homem para lhe ser devolvido, a fim de lembrar-lhe que tudo o que possui provém do Senhor (Gn 28.22 / Dt 14.23)

Deus não estabelece um percentual, mas nos deixa livres para dar tudo. Uma vez que renunciamos a tudo por Jesus, nada mais é nosso, é tudo dele (Lc 14.33)

Fala de uma nação terrena (Israel) com promessas terrenas e esperanças terrenas (At 1.6)

Fala de uma nação espiritual (Igreja), celestial, com promessas e esperanças eternas (Fp 3.20-21 / I Jo 3.1-2)
A Nova Aliança é muito superior a Velha, ela vai sempre além. No sermão do monte cristo faz uma comparação entre os mandamentos de Moisés (lei) e os seus mandamentos (graça). 

Lei

 

Graça

Proibia-se o homicídio

Mt 5.21-23

Proíbe-se até a ira

Proibia-se o adultério

Mt 5.27-28

Proíbe-se ate o olhar impuro

Exigia-se o amor ao próximo, mas permitia o ódio ao inimigo

Mt 5.43-44

Exige-se o amor ao próximo, aos irmãos, aos inimigos e também orar pelos que vos perseguem

Exigia-se o dízimo

Mt 3.8 / Lc 14.25-33

Exige-se a vida e tudo quanto possui
Deste modo vemos que pela graça Deus não exige 10%. Ele exige tudo. O mínimo que podemos dar é o dízimo, conforme diz a lei (e estaremos seguindo a lei). Mas pela graça estamos livres para dar mais. 
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus" Mt 5.20. 
O significado mais profundo do dízimo é:
"Deus não é Senhor apenas de 10% de minhas finanças, Ele é Senhor de tudo (100%)". 
As bençãos que seguem o dízimo
O que queremos mostrar aqui não é que se você der o dízimo Deus vai enriquecê-lo, ou que todos os seus problemas financeiros serão solucionados. Não é com esse objetivo que devemos dar o dízimo. O que queremos mostrar é que este é um princípio de Deus e pelo fato de obedecermos a um princípio de Deus somos abençoados. 
“Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos” Pv 3.9. 
 “E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são” Rm 11.16. 
Devolvendo o dízimo estamos honrando a Deus e em conseqüência disto santificando toda a nossa renda. Damos uma parte a Deus e Ele faz prosperar o restante.
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos" Ml 3.10-11. 
Diz que devemos provar (experimentar) o Senhor. Ele abrirá as janelas do céu e derramará as bênçãos sem medidas. O contribuinte fiel não passa necessidades. Deus faz o seu pouco prosperar e ser suficiente.
 
 
  O que significa ser servo de Deus


Todo crente tem grande prazer em declarar que é um servo (a) de Deus. Mas nem todos refletem nos privilégi­os que isto encerra, na importância que isto confere e na responsabilidade que isto significa. O privilégio de o crente ser filho de Deus pela fé em Jesus é indi­zível, pois faz parte da família de Deus.
                                                  
A imensurável importância do cren­te como servo de Deus, destaca-se ao considerarmos o fato de Cristo ser cha­mado de Servo de Deus (Is 42.1; 52.13 e Fp 2.7).

Precisamos contemplar a vida e o trabalho de Jesus como Servo Modelo. Quanto à responsabilidade do crente como servo de Deus, está a sua obedi­ência irrestrita à vontade do Senhor. "Não servindo à vista como para agra­dar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus" (Ef 6.6).

O crente torna-se filho de Deus pela fé (Jo 1.12 e Ef 2.8), e torna-se servo por amor. O tal obedece ao Senhor e para Ele trabalha impulsionado pelo amor que de Deus recebeu e que para Ele retorna como adoração, consagração, comunhão e serviço, uma vez que o amor sempre requer um objeto para tor­nar-se ativo. Tal servo é o inverso do mercenário, que trabalha apenas por lucro, interesse e conveniências pessoais.

Impressionante o fato por Deus dirigido, que na promulgação da lei divina no monte Sinai, logo após o seu preâm­bulo (Ex 20), o primeiro assunto é o do servo (Ex 21). E servo por amor (vs 5), e por isso servo "para sempre" (vs 6).

O conceito bíblico de servo vem do Antigo Testamento e nele também está o conceito de redenção do servo ou es­cravo. Esses dois lados de um mesmo assunto estão bem patentes no AT. Por outro lado, a revelação divina de servo de Deus é vista através do Novo Testa­mento, a começar pelos ensinos de Je­sus sobre servo, e daí prossegue até Apocalipse 22.3-6, onde a figura do servo aparece nas últimas palavras da Bíblia. Ainda reportando-nos ao AT sobre os servos, no estupendo milagre divino do êxodo de Israel, quando Deus com mão poderosa o resgatou do cati­veiro egípcio, temos aí o princípio fun­damental do servo e seu serviço (Ex 6.6 e Dt 15.15).

Na exposição da doutrina do servo, o NT emprega vários termos no origi­nal, sendo dois deles de maior peso. Os demais são complementares.

O servo em relação ao seu Dono, Deus. Nesse caso o termo é doulos, que aparece repetidamente no NT. É o ser­vo em relação ao seu Redentor e Se­nhor, para fazer a sua vontade; como propriedade, por Ele adquirida. Alguns desses textos em que aparece o servo como doulos (Mt 25.21,23; 20.27; At 2.18; Rm 1.1 e Fp 1.1), a ideia, não o terno propriamente dito, está patente em muitas outras passagens como Êxodo 15.16; 19.5; Mt 20.28; At 20.28; Hb 9.28; Ef 1.7; l Co 6.20.

I Pedro 2.9 e Apocalipse 5.9.

O servo em relação ao seu trabalho para Deus, o terno original é diako­nos; isto é, servo em relação ao traba­lho que executa para seu senhor. Tra­balho abundante, de bom gosto, boa vontade, prazeroso, bem acabado, no prazo determinado e conforme as or­dens recebidas. Crentes há que em re­lação ao Senhor - como amo (senhor) - são exemplos de testemunho, firmeza, per­severança, comunhão, adoração. Mas quanto a serviço para Deus são negli­gentes, descuidados, desorganizados, improvisadores e irreverentes.

Nos dias bíblicos o servo era como diakonos, que na casa do seu senhor executava todos os trabalhos, inclusi­ve os mais humildes e comezinhos, como levar e trazer recados, cuidar da copa, da cozinha, dos bens de seu senhor, animais domésticos, rachar lenha, manter o fogo aceso, tirar água e carregá-Ia para a família. Alguns dos prin­cipais textos em que aparece o servo como diakonos no original (Mt 20.26,28; l Tm 4.6; II Tm 4.11; Ef 3.7; Fp 1.1; 2.7 e 1 Ts 3.2).

O servo em relação a si mesmo no original é huperetes; e está relaciona­do ao desempenho do diakonos. Huperetes designava nas embarcações comerciais da época, o remador escra­vo, da terceira fileira de remadores (a última, de cima para baixo) nos navios trirremes. O trabalho dos huperetes não era visto, por ficar ele muito abaixo, na embarcação. Seu trabalho era hu­milde, pesado, mourejante e requeria o máximo das forças desses trabalha­dores. O termo huperetes aparece em relação a servo em Mateus 26.58; Lucas 4.20; Atos 26.16; Coríntios 4.1 e Marcos 15.54,65.

O servo em relação ao povo em ge­ral é o crente como servo de Deus em relação à sua congregação. Trata-se de leitourgeo, como aparece em Atos 13.2; 9.21; Romanos 15.16 e Filipenses 2.17. Daí vem a nosso "liturgia", liga­do ao culto coletivo cristão. Portanto, leitourgeo é o crente como servo em relação ao culto religioso.

O servo e seu culto pessoal é latreuo e está relacionado à sua adoração a Deus. Desse termo vem latria (adora­ção). Latria no original aparece em Lucas 2.37; Atos 27.23 e II Timóteo 1.3.

O servo como uma pessoa do lar é oiketes, relacionado a doulos, mas vol­tado para a família. Crente como ser­vo de Deus, há mais de um, mas, como filho, não. Deus não tem afilhados, pre­diletos, favoritos. Que tipo de servo somos nós?

Em Lucas 17.10 Jesus nos instruiu que após fazermos tudo o que nos for ordenado, devemos considerar-nos como servos inúteis (diakonos, no ori­ginal). Sem qualquer mérito em nós mesmos. Noutras palavras: Deus nun­ca será nosso devedor. Nós é que de­vemos tudo a Ele. O termo "inútil" corresponde a "desprovido de mérito adquirido".

Devemos tanto a Deus, que na exe­cução do seu trabalho, seja ele qual for, nunca iremos além do nosso dever; nun­ca atingiremos a área do mérito. Para servimos a Deus, é Dele mesmo que nos vem a graça, capacidade, dons e recur­sos. Mesmo que façamos o melhor, es­taremos sempre em falta com Ele.

O crente não será julgado diante de Deus como filho (quanto a salvação), mas como servo (quanto a serviços, obras). O crente como filho deve jul­gar-se a si mesmo, através da Palavra (I Co 11.31-32). Nesse julgamento prestaremos contas de nosso tempo, li­berdade cristã, responsabilidade e talentos recebidos de Deus. Quase todo crente pensa que no dia do julgamento da Igreja haverá somente galardões de Jesus para os seus, mas não é bem isso que a Bíblia revela, se examinarmos o assunto com mais cuidado.

Fomos graciosamente resgatados da miserável servidão do pecado, por pre­ço incalculável, o do sangue precioso de Jesus (I Pd 1.18-19). Somos para sempre devedores a Deus e temos que nos render voluntária e plenamente a Ele como Redentor. Por nossa plena submissão como servos é que desfruta­mos da verdadeira liberdade espiritual (Ef 6.6).

Essa elevada posição será eterna na glória celestial, enquanto aqui, cargos e posições como pastor, presidente da igre­ja, gerente, diretor, administrador, profes­sor, dirigente, muda de vez em quando.

No céu, conforme Apocalipse 22.3, não seremos conhecidos como diácono, presbítero, evangelista, pastor, escritor, cantor, bispo etc, mas como servos. "E nela estará o trono de Deus e do Cor­deiro, e os seus servos o servirão". 




Dízimos e Ofertas - Parte II

Qual a relação de Deus com o dinheiro?


"Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos" - Ag 2.8.

"E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo" - I Cr 29.12.

Nestes textos, vemos que todo o ouro, toda a prata, todas as riquezas são do Senhor, pertencem a Ele, estão sob o seu domínio. Até o dinheiro que está no seu bolso agora. Até o dinheiro que temos não é nosso, é de Deus. Deus nos dá para administrarmos para Ele. Sejamos então bons administradores. Usemos de acordo com a vontade Dele. Segundo as prioridades Dele. Usemos para abençoar os outros.
Deus nos dá o dinheiro não para que sejamos escravos dele, ou amemos a ele ou sirvamos a ele, mas para que façamos bom uso dele. O nosso coração não deve estar no dinheiro, e sim no Senhor. O objetivo de Deus não é nos tornar ricos, mas sim nos tornar semelhantes a Jesus.

O que é dizimo?

O conceito é simples: décima parte ou 10 %. Consiste em devolvermos ao Senhor a décima parte, os 10 %) de tudo que ele nos dá.

Por que Deus quer 10 por cento?

1) Porque Ele é misericordioso e bom
De quem é todo ouro, toda prata e todo dinheiro? (do Senhor)
De quem é o mundo e tudo que nele há? (do Senhor)
Nós plantamos, colhemos, trabalhamos, recebemos, vivemos e respiramos no mundo que é do Senhor. E ele só pede em troca 10 % do que recebemos.
Ex.: arrendamento de terras (1/3 ou 1/2 para o dono da terra).

2) Quer produzir em nós fé e obediência
Deus não precisa do nosso dinheiro. O que Ele requer de nós é fidelidade, obediência, desprendimento do dinheiro e misericórdia uns com os outros. Para tanto precisamos ter uma fé genuína no Senhor, e ter certeza de que é Ele quem cuida de nós. Precisamos aprender a confiar no Senhor e não no nosso salário.

O que diz a bíblia?

“Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo” - Dt 14.22.

“Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR” - Lv 27.30

O dízimo pertence ao Senhor, é propriedade dele. Não nossa. Este é um conceito fundamental. Precisamos entender que não somos nós que estamos dando alguma coisa para Deus! Na verdade, devolver os 10% é a forma de agradecermos a Ele por tudo o que Ele tem nos dado. Nós não damos o dízimo, nos devolvemos o dízimo ao Senhor. (é propriedade dele). Não devemos retirar do que sobra e sim das primícias da nossa renda (Pv 3.9).
Quando não devolvemos o dízimo ou o usamos para outras coisas, estamos sendo infiéis e desobedientes, pois estamos usando um dinheiro que não é nosso e sim do Senhor. Dar o dízimo é uma questão de fidelidade e obediência ao Senhor.

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação” - Ml 3.8-9.

Quando não damos o dízimo trazemos maldição para nós mesmos. Às vezes a pessoa não dá o dízimo e acaba gastando mais com farmácia. Não dá porque nunca sobra (mas não é para dar a sobra). Não dá porque está sempre em dificuldade financeira (mas se continuar a roubar a Deus vai continuar assim). É claro que nem toda dificuldade financeira é proveniente da retenção do dízimo, mas existe um princípio de fé e obediência por traz do dízimo que, se seguirmos, seremos abençoados.

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos” - Ml 3.10-11.

Sempre que obedecemos a um princípio de Deus nós somos abençoados; e nesse caso não é diferente. O Senhor diz que:

- Abrirá as janelas do céu;
- Repreenderá o devorador;
- Fará nossa terra dar frutos.

Isto é conseqüência de fé e obediência. Este texto também nos mostra para quem devemos entregar os dízimos. O texto diz "minha casa". Qual é a casa de Deus? A Igreja. Casa do tesouro (Cristo é o tesouro).
Nós devolvemos os dízimos à Igreja, ou mais especificamente, aos homens que Deus colocou para governar a Igreja. Não vamos entrar aqui na questão de como os dízimos são aplicados. Mas vemos no Velho Testamento que ele tinha uma finalidade específica. Era para sustento dos levitas: Povo que cuidava da casa de Deus (Dt 26.12, Nm 18.21).
Quando o povo de Israel chegou à terra prometida, foi feita uma divisão da terra entre as tribos de Israel. Os levitas não receberam nenhuma parte. Deus os separou para si. Eles só trabalhariam para o Senhor e o próprio Senhor cuidaria deles. Por isso Deus reverteu os dízimos para eles.
O povo de Israel é uma figura da Igreja. Os levitas representam as pessoas que servem na casa de Deus, ou seja, os presbíteros e diáconos que governam e administram a igreja. Vemos então que o dinheiro do dízimo não é para construção de templos, aquisição de bens para a igreja, reformas, campanhas, etc. Este dinheiro deve vir de outra fonte. O dízimo é para sustento dos obreiros. (pessoas que se dedicam exclusivamente a obra de Deus).



 
Dízimos e Ofertas - Parte I

O que devemos saber sobre dizimar e ofertar


Apesar de ser de extrema importância para a vida da igreja, este assunto muitas vezes chega a ser negligenciado por nossa parte. Muitas pessoas deixam de cumprir este mandamento, ou então cumprem relaxadamente, sem compromisso, e acabam tendo problemas sérios na área financeira. Para termos uma estabilidade financeira precisamos ser fiéis nos dízimos, pois é dando que se recebe.
 
A Palavra de Deus diz:
"Coisa mais bem aventurada é dar do que receber" At 20.35
 
Precisamos entender que o dízimo é um compromisso financeiro que todos nós temos com o corpo (irmãos em Cristo). Apesar de ser um mandamento bíblico, existem muitos pensamentos errados sobre este assunto, mas antes de nos aprofundarmos mais sobre dízimos e ofertas, vamos falar um pouco sobre dinheiro.
O que é o dinheiro?
É um meio de transação, um instrumento que permite a troca de bens e mercadorias. Muitos textos que vamos estudar são do Velho Testamento e, na época, quando alguns deles foram escritos, ainda não existia moeda. Todos os artigos serviam como artigos de troca: gado, prata, ouro, objetos.
A riqueza era medida, por exemplo, pela quantidade de gado: Ex Abraão (Gn 13.2).
O primeiro metal que foi usado como instrumento de troca foi a prata. As pessoas trocavam bens por determinado peso em prata:
1carro de guerra = 600 siclos de prata
1cavalo = 150 siclos de prata

 “E Abraão deu ouvidos a Efrom, e Abraão pesou a Efrom a prata de que tinha falado aos ouvidos dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, corrente entre mercadores”. Gn 23.16

 “E subia e saía um carro do Egito por seiscentos siclos de prata, e um cavalo por cento e cinqüenta; e assim, por meio deles, eram exportados para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria". 1 Rs 10.29

A quantidade de metal a ser paga era controlada através do peso. A palavra siclo vem do hebraico SIQEL, que quer dizer peso (Gn 22.24). Mais tarde, começou-se a usar a moeda de metal (cerca de 700 AC), estampando-se nela seu lugar de origem. Mas não vamos perder muito tempo falando da evolução histórica do dinheiro. Vamos ver o que Deus diz a respeito.
A Natureza do Dinheiro
O dinheiro é uma potestade. Ou seja, ele tem poder em si mesmo. Exerce poder sobre as pessoas.
 
 “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Mt 6.24
Neste texto, Jesus usa uma palavra em aramaico para riquezas: Mamom
Mamom: indica algo que tem natureza pessoal e espiritual. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Mamom é um deus rival, e como um deus ele exige devoção. Mamom (o dinheiro) tem a tendência de conduzir as pessoas para longe do Deus verdadeiro (Ex.: o jovem rico, amava a Deus, mas amava mais a mamom).
O Dinheiro possui muitas características de um deus:
·    Dá segurança;
·    Liberdade;
·    Poder (sensação de onipotência);
·    Parece onipresente.
Um dos problemas mais sérios do dinheiro (mamom) é que ele reivindica a lealdade e amor que pertencem somente a Deus. Por isso em Lc 14.33, Jesus diz que: “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo”.
Temos que aprender a usar o dinheiro que Deus nos dá (confia aos nossos cuidados), sem amar o dinheiro:
 “Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o SENHOR? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão”. Pv 30.8-9
O dinheiro pode ser um empecilho ou um incentivo
·    Empecilho: pois se nos apegarmos a ele, atrapalha nosso relacionamento com Deus.
·    Incentivo: Pois pode ser usado para intensificar nosso relacionamento com Deus e com os irmãos.
A bíblia nos fala de pessoas ricas que andaram com Deus e foram uma benção para o próximo (ex.: Abraão. Salomão, e outros).
Conceitos errados
O Dinheiro é neutro, é bom ou mau?
O dinheiro não é neutro. Ele pode ser bom se usarmos bem ou pode ser mau se usarmos mau.
O Dinheiro satisfaz?
O dinheiro satisfaz sim: Para uma pessoa materialista, que ama o dinheiro e as coisas que ele pode dar, o dinheiro satisfaz.
Rico é quem tem muito dinheiro?
Você não é rico pela quantidade de bens (ou dinheiro) que possui, mas pela quantidade de coração que coloca neles. Uma pessoa pode ter muito dinheiro e ser pobre para Deus. Outras podem ter pouco dinheiro e ser ricas para Deus. Você é pobre quando o que tem é seu. Você é realmente rico quando o que tem é dos outros.



0 comentários:

Postar um comentário